A obesidade tem uma associação importante com os aspectos emocionais e vivências psíquicas dos indivíduos.
Desde a vida intra-uterina, esses aspectos tem relação com as experiências dos pequenos e durante o seu desenvolvimento pessoal serão decisivos para a formação da personalidade, caráter e maneira de lidar com suas emoções.
A figura materna tem fundamental importância nessa fase. Sendo a mãe a primeira pessoa com quem haverá uma interação, a qualidade do vínculo mãe e filho é primordial para o desenvolvimento saudável, em todas as esferas do ser. Nesse contexto, o aleitamento materno, como primeira e mais adequada forma de alimentação do recém-nascido, tem um papel fundamental na prevenção da obesidade.
O leite humano é único em sua composição. Ele é uma substância ativa, capaz de se modificar para atender as necessidades de cada binômio mãe-filho.
Essa capacidade de modificação, durante o decurso de uma mamada, permite à criança conhecer diferentes sabores e desenvolver a capacidade de saciedade e autorregulação, o que significa preparar a criança para interromper a ingestão de alimentos, quando esses já forem suficientes para sua necessidade naquele momento.
A perda dessa capacidade leva a criança a continuar comendo, mesmo quando já está satisfeita e atingiu o necessário de calorias daquela refeição.
Vários estudos mostraram evidências de que, quanto maior o tempo de duração do aleitamento materno exclusivo, menores as chances de ganho de peso excessivo durante a infância e até o início da adolescência.
Dessa forma, o aleitamento materno não só é um ato de amor, como também uma proteção contra doenças, uma melhora na tolerância contra alergias alimentares, além de prevenir a obesidade infantil.
Pense nisso.
Dra. Melissa Ramos Morais - Pediatra / Nutróloga - CRM 98732
Referências: Manual de orientação: Obesidade na infância e Adolescência. Departamento de Nutrologia, Sociedade Brasileira de Pediatria.
Extraído da página: http://www.casacurumim.com.br/