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terça-feira, 3 de novembro de 2015

Etapas do Desenvolvimento Motor: a Importância das Posturas Intermediárias

Todos, até quem não tem filhos, sabem que os bebês ficam no chão, depois tornam-se capazes de sentar e finalmente conquistam o andar. A grosso modo, essas são as principais e mais esperadas habilidades que o bebê adquire por volta do primeiro ano.
Porém, poucos se atentam para: Como o bebê chegou até aí? Qual o caminho percorrido até essas conquistas?
Perceber e valorizar as fases intermediárias desse processo é a chave para um desenvolvimento harmonioso, tranquilo e bem sucedido.
Antes que o bebê seja capaz de sentar, ele faz inúmeros movimentos no chão: abre os braços e se estica, alcança seus pés e se encolhe, vira a cabeça para todos os lados e se contorce, rola, pivoteia, brinca de barriga para cima, de lado e de barriga para baixo, se empurra para trás com a força dos braços, arrasta para frente usando as pernas, eleva o bumbum, se coloca gatinhas ou meio sentado e enfim se senta. Ufa! Uma verdadeira ginástica! Com muito teste, erro e nova tentativa. Repetição e mais repetição do que deu certo ou gerou prazer.
No plano horizontal o bebê tem mais autonomia. O chão permite explorar seu corpo e o que tem a sua volta sem risco de queda e com a liberdade de movimento necessária para progressivamente dominar seu corpo, perceber suas capacidades e conquistar as habilidades corporais que incrementarão seu brincar. Portanto, chão firme, espaço, tempo, objetos interessantes e presença de um adulto que compartilhe suas descobertas porém sem interferir (ou facilitar tudo), é o que o bebê precisa para seguir no seu desenvolvimento saudável.
Antes que o bebê saia engatinhando, existe uma fase preparatória em que ele fica em quatro apoios, balança para frente, para trás e diagonalmente, praticando a transferência de peso e fortalecendo a musculatura estabilizadora dos ombros e dos quadris.
Após engatinhar é natural que o bebê comece se apoiar nas superfícies para levantar, buscando a verticalidade. Consegue ficar em pé segurando, aprende também abaixar e depois começa dar passos para lateral com apoio. Nesta fase, é importante que o ambiente preparado para o bebê ofereça superfícies estáveis em que ele possa puxar para em pé. Sofá, estante, mesinha, grades do berço pelo lado de fora, portão, cadeiras e pessoas, tudo vira apoio onde ele tenta se levantar. Deixe que ele faça este esforço e interiorize a lei da gravidade.
Os passinhos para lateral tateando os móveis e a parede, são os precursores do andar independente.
Deixe o bebê explorar bastante esta estratégia e contenha a ânsia de oferecer a mão e ajudar toda vez. Pois fazendo isso, tiramos a possibilidade dele encontrar seu próprio eixo, compensando com a nossa força todos os desequilíbrios. Sair empurrando cadeiras, caixas e brinquedos de empurrar é uma maneira mais natural e autônoma dele andar para frente.

Enfim ele consegue soltar as mãos do apoio e ficar em pé sozinho por alguns segundos! Depois aprende a se levantar do chão sem apoio e troca os primeiros passos, feito um robozinho. As pernas afastadas, braços um pouco elevados, passos curtos e rápidos buscam o equilíbrio. Progressivamente ele vai ganhando mais controle, os braços abaixam e fazem movimentos alternados com as pernas.
É de extrema importância que o bebê tenha a chance de testar seus limites, suas capacidades e sua força, explorando o espaço em todas as dimensões (frente, trás, dentro, fora, em cima, embaixo). Sem a interferência (ou a solução pronta) do adulto que tenta poupá-lo do erro ou do esforço, os quais na realidade lhe geram tanto prazer, aprendizado e sentimento de autoconfiança.

Leila Suzuki Saita Teixeira
Fisioterapeuta – Equipe PAEDI
Extraído do site: www.soumae.org

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

O Aleitamento Materno e a Prevenção da Obesidade Infantil

A obesidade tem uma associação importante com os aspectos emocionais e vivências psíquicas dos indivíduos. 
Desde a vida intra-uterina, esses aspectos tem relação com as experiências dos pequenos e durante o seu desenvolvimento pessoal serão decisivos para a formação da personalidade, caráter e maneira de lidar com suas emoções.
A figura materna tem fundamental importância nessa fase. Sendo a mãe a primeira pessoa com quem haverá uma interação, a qualidade do vínculo mãe e filho é primordial para o desenvolvimento saudável, em todas as esferas do ser. Nesse contexto, o aleitamento materno, como primeira e mais adequada forma de alimentação do recém-nascido, tem um papel fundamental na prevenção da obesidade.
O leite humano é único em sua composição. Ele é uma substância ativa, capaz de se modificar para atender as necessidades de cada binômio mãe-filho.
Essa capacidade de modificação, durante o decurso de uma mamada, permite à criança conhecer diferentes sabores e desenvolver a capacidade de saciedade e autorregulação, o que significa preparar a criança para interromper a ingestão de alimentos, quando esses já forem suficientes para sua necessidade naquele momento.
A perda dessa capacidade leva a criança a continuar comendo, mesmo quando já está satisfeita e atingiu o necessário de calorias daquela refeição.
Vários estudos mostraram evidências de que, quanto maior o tempo de duração do aleitamento materno exclusivo, menores as chances de ganho de peso excessivo durante a infância e até o início da adolescência.
Dessa forma, o aleitamento materno não só é um ato de amor, como também uma proteção contra doenças, uma melhora na tolerância contra alergias alimentares, além de prevenir a obesidade infantil.
Pense nisso.
Dra. Melissa Ramos Morais - Pediatra / Nutróloga  - CRM 98732

Referências: Manual de orientação: Obesidade na infância e Adolescência. Departamento de Nutrologia, Sociedade Brasileira de Pediatria.
Extraído da página: http://www.casacurumim.com.br/

O apoio do Pai no aleitamento materno

  10 Passos que os Pais podem seguir para Assegurar 
um Aleitamento Materno de Sucesso: 


Healthy Children Center for Breastfeeding  
(Centro Infância Saudável para o Aleitamento Materno, EUA)

A chamada à ação sobre aleitamento materno da Direção Geral de Saúde dos EUA, reconheceu que os membros da família são muito importantes na nova vida das mães; que os papais precisavam da oportunidade de aprender sobre o aleitamento materno, tanto como as novas mamães… e precisavam aprender a apoiá-las, de maneiras que realmente lhes ajudem a continuar amamentando.

Há 10 simples passos que o pai pode seguir para apoiar à mãe em sua viagem pelo aleitamento materno:

1. Seja ativo, tenha voz e conheça os fatos.
Você realmente precisa participar desse grande caminho, incluindo leituras sobre aleitamento materno e indo a aulas com ela – não só pedindo resumos depois. Lembre-se, que o aleitamento materno ajuda a seu bebê a ser mais saudável de várias maneiras; reduz o risco de diabetes, evita infecções de ouvido, reduz o risco de obesidade infantil, aumenta o QI e muito mais. O aleitamento materno é o melhor começo de vida que você pode oferecer a seu bebê.

2. Aprenda a dar o apoio que é necessário.
Os pais são muitas vezes os primeiros a oferecerem mamadeiras “de salvação”, acreditando que com isto ajudam sua companheira, que está cansada e lutando. Mas, infelizmente, essas mamadeiras “de salvação” são o começo de um longo espiral que pode fazer a vida muito mais difícil para a nova mãe. 
Por outro lado, oferecer à mãe um alimento gostoso e água, alcançar-lhe o controle remoto, ajudá-la a fazer seu “ninho” e mantê-la numa vida familiar que compreende sua necessidade de descanso, é muito importante. As mulheres entrevistadas declaram que adorariam que seus companheiros nunca tivessem mencionado a fórmula. 

3. Faça com que ela saiba o quanto você a aprecia.
O aleitamento materno pode ser um trabalho muito duro e mentalmente extenuante no seu início. Faça com que ela saiba, dizendo-lhe o quanto a admira, o quanto ela é incrível e que você está muito orgulhoso dela. Isso pode significar muito para a mãe e pode ajudá-la a sentir-se apoiada.

4. Acorde com seu bebê de noite, mesmo que não o esteja alimentando.
Você pode trocar fralda, balançar o bebê e ajudar à mãe de muitas maneiras.

5. Assuma outras responsabilidades com seu bebê e alivie as da mãe.
O fato de não ser fonte de alimento, não importa. Bebês necessitam ser
cuidados, banhados, que conversem com eles, ser amados, e tudo isso pode ser feito por você. Esta é também a melhor maneira de estreitar os laços com seu bebê.

6. Assuma também, tarefas e responsabilidades domésticas.
Ajude com a limpeza da casa, faça a comida, pague as contas, lave a louça e a roupa, especialmente se está com licença maternidade. Cuide para que a única responsabilidade de sua companheira seja tomar conta de si mesma e ajudar a seu recém nascido a se integrar a este enorme mundo e começar com o melhor que é o aleitamento materno. Quanto menos preocupações a mãe tem, menos assustadoras serão as demandas do aleitamento materno.

7. Não permita que ela seja sujeita a sabotagem.
Se ganha fórmula de graça por correio ou de um amigo bem-intencionado, doe-a a um abrigo ou a alguém que esteja consumindo. O simples fato de tê-la em
casa,é o mesmo que ter doces quando alguém está fazendo dieta. Também, elimine toda literatura sobre aleitamento materno que seja de autoria de companhias que fabricam fórmulas.

8. Afaste dela toda “ajuda” negativa.
Se sua mãe ou quem quer que seja começa a lhes falar sobre aleitamento materno de forma negativa, como dizendo que precisam complementar com mamadeira, amavelmente diga-lhe que esse tipo de comentário não é bem-vindo nem apreciado, e se ainda assim, essa pessoa não consegue lhe dar apoio, convide-a a se retirar.

9. Saiba quando sua companheira precisa de ajuda.
Se ela sofre de mamilos rachados ou se está convencida de que sua produção não é suficiente, chame uma consultora de aleitamento e busque ajuda.

10. Crie ambientes tranquilos.
Não diga “bobagens” – simplesmente não o faça. Não jogue a toalha nem abandone o barco nem vá embora. Ria se alguém se atreve a lhe dizer algo negativo sobre o fato dela amamentar e ajude a aliviar a tensão demonstrando, ao mesmo tempo, apoio total a sua companheira.

Você pode ajudar! 
Nós podemos ajudar! 
Envie estes 10 conselhos a todos que logo serão novos Pais!


Esta lista foi adaptada de CafeMom.